
Thesco: a competência na rouparia
[Por Juçara Araújo]
Francisco de Assis de Amorim Alves (o Thesco), homem simples e calado, sempre com passos apressados, de um lado para o outro, no Centro de Treinamento da Pague Menos. O chefe da rouparia desenvolve um importante trabalho, fundamental para qualquer time esportivo. A competência e organização dele foram reconhecidas pela diretoria e supervisão do clube em pouco tempo de serviço e cotidianamente são reafirmadas nos bastidores, com a comum frase “O Thesco é bom!”. Até mesmo os atletas já criaram um grito de guerra especialmente para ele. Confira abaixo:
Pois bem, voltando ao trabalho do Thesco, ele chega ao CT sempre uma hora antes do início do expediente, por volta das 12h30min e fica até às 20 horas. Nesse tempo, organiza uniformes de treino e jogo do futsal sub-17, sub-20 e adulto; cuida da água, lanche, gelo, vestiário; providencia tudo para que não falte nada, sempre trabalhando lado a lado com o supervisor. “É corrido, mas prazeroso. Gosto do que faço”, afirmou. Devido ao seu bom desempenho, o roupeiro até já ganhou um novo cargo, o de atendente, e sempre que precisa está lá, dentro de quadra, ajudando a socorrer os atletas lesionados.

Thesco começou a trabalhar no esporte por acaso. Em 1992, sem experiência na área, o acordo era ajudar durante três meses o setor de rouparia do Ferroviário Atlético Clube, mas gostaram tanto dele, que por lá ficou. Em 1993 foi efetivado no clube e passou a trabalhar na rouparia do departamento profissional. Ele permaneceu no Ferrão até meados de 2016, quando teve que procurar outro emprego devido à crise financeira do time. Saiu de lá e levou consigo a bagagem de 24 anos de experiência, eis a explicação para tanto saber no que faz. Saiu do Ferroviário e foi contratado pelo Grêmio Recreativo Pague Menos em agosto de 2016.

Sempre sereno, diz ter adquirido essa qualidade no colégio interno Seminário Seráfico Nossa Senhora do Brasil, em Messejana (Fortaleza-CE), onde estudou dos 11 aos 13 anos de idade. Nesse período aprendeu muita coisa, como refletir, gostar de literatura e prestar serviços comunitários. Apesar de a família ter pouco recurso financeiro, pois o pai era sapateiro (in Memoriam) e a mãe sempre foi dona de casa (hoje com 97 anos), sendo o 5º de sete irmãos, Thesco teve uma infância tranquila e feliz. Natural de Fortaleza, já morou nos bairros São Gerardo, Monte Castelo, Messejana, Barra do Ceará e, atualmente, Jacarecanga. “Apesar de muitos filhos, meu pai sempre tentou nos dar o melhor”, disse.

Aos 15 anos conheceu na escola a mulher que se tornaria sua esposa. Aos 17 se casou. Hoje, com 56 anos, é católico, separado, tem cinco filhos (três filhas biológicas e um filho adotivo com a ex-esposa; e um filho de outro relacionamento), bem como 11 netos. Costuma acordar às 5 horas, fazer caminhadas três vezes por semana, ler e assistir telejornais… Antes de conhecer o “mundo esportivo”, trabalhou em supermercados e posto de combustível.
“Agradeço ao supervisor Segundo [Costa] e ao diretor Sávyo [Santos] pela oportunidade. Tenho a empresa como uma família. Adquiri o respeito de todos e agora é seguir em frente e conquistar as metas que temos”, concluiu.